É bem verdade que hoje em dia
dificilmente exista alguém que nunca tenha ouvido expressões como: ele(a) anda
muito estressado(a); aquela pessoa é meio depressiva; você é muito maníaco(a) e
etc.
Tais termos caíram no cotidiano,
porém, muitas vezes sem que sequer saibamos bem o que significam de fato. O desconhecimento,
entretanto, não nos impede que consigamos, claramente, dizer quem são as
pessoas que padecem desses males.
Compreensivelmente, também, podemos
notar por parte de quem é tido como estressado, depressivo ou maníaco uma certa
crença nesses diagnósticos do dia a dia. Quando menos se espera o sujeito
também passa a se ver dessa maneira e se pega dizendo que é isso ou aquilo e
que tais pessoas podem, inclusive, comprovar.
Muitas vezes se rotulam
ou "diagnosticam" pessoas com enfermidades mais com a intenção de
fazerem menção às características pessoais que, por vezes, nos incomodam do que
de fato por padecerem realmente de uma enfermidade.
Tais rótulos acabam desencadeando a
busca por um terapeuta e assim que esses indivíduos entram no consultório, fatalmente
queixam-se de estarem ali por que alguém disse que sofrem das mais variadas
enfermidades.
Nesse momento o psicólogo tem como
papel levar sim muito a sério a queixa, no entanto, basear-se único e
exclusivamente nesse discurso sem uma investigação mais aprofundada, poderá
levar a um erro grosseiro em suas futuras práticas terapêuticas com o indivíduo.
Tal papel do psicólogo é o que
diferencia uma simples conversa com um amigo de uma conversa com um terapeuta.
A psicologia tem muitas vertentes e muitas maneiras de se pensar e trabalhar,
sempre, levando em conta respeito e livre de preconceitos. No que permeia a prática
psicológica - baseada na Fenomenologia Existencial - um de seus pilares é a ideia de livrar-se completamente de idéias previamente concebidas dando
abertura total à escuta do indivíduo que ali se encontra.